Este blog surgiu em 2009 com o intuito de relatar uma "Viagem Incógnita" que teve início com um bilhete só de ida para a Tailândia. Uma viagem independente, sem planos, a solo, que duraria quatro anos. Pelo meio surgiu um projeto com crianças carenciadas do Nepal que viria a resultar na criação da Associação Humanity Himalayan Mountains. Assim, este blog é dedicado às minhas viagens pelo Oriente, bem como a esta "viagem humanitária", de horizontes longínquos, no Nepal.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Kalaw

Em Inle Lake ouvi falar de Kalaw e decidi ir ate la. E, para isso, nada melhor do que viajar como e com os locais...

Companheiras de espera

As mulheres e criancas usam 'tanaka' na cara, a maquilhagem local extraida de uma arvore e que tambem serve de protector solar.


Pessoas e carga, tudo muito bem acomodado, empreendemos a viagem de duas horas montanha afora, tirando fotos uns aos outros e em amena cavaqueira cada um na sua lingua...





Depois de arranjar alojamento, barato e com vista, fui palmilhar esta pequena cidade situada no planalto Shan, a 1.320 metros de altitude, popular estancia de montanha no periodo colonial britanico devido às suas temperaturas agradavelmente frescas.


E ainda é um lugar calmo e tranquilo que proporciona belas caminhadas por entre pinheiros retorcidos, bosques de bambu e montanhas escarpadas. Nesta altura, o jacarandá enfeita a cidade.



A população é uma mistura de Shan, muçulmanos indianos, nepaleses e Bamars (Gurkhas aposentados do serviço militar britânico), muitos educados por missionários.

Aqui coexistem templos budistas, sikhs, muculmanos e hindus...




... e tambem igrejas.

E foi enquanto escutava a professora de musica, que dava a aula dentro da igreja, que uma senhora que vira a porta com um grupo de turistas nacionais me veio perguntar se eu queria ir passear com eles.
Ora a seguir a uma longa viagem 'bem acomodada' nada melhor do que outra, no meio de quinze ou mais pessoas, em transporte rustico.
Em lentos solavancos chegamos enfim ao cimo do monte para apreciar jardins e vistas.






Por sorte, na viagem de regresso, comecou a chover a potes quando estavamos ja perto da igreja. A Ma Naw emprestou-me um guarda-chuva para eu regressar ao hotel.



A chuva continuou noite adentro. Na manha seguinte desisti da ideia da caminhada (ainda tenho na memoria o trekking enlameado de Sapa, no Vietnam) e fui deambular pelo mercado.









Uns carregam de uma maneira e outros de outra.








Fui entregar o guarda-chuva a Ma Naw e despedi-me da grande familia, todos cristaos. Conversei um pouco com o pastor da igreja que tambem funciona como escola interna para muitas criancas das aldeias circundantes.







Tempo ainda para, de mota, ir visitar o templo Nee Paya e o Mosteiro de Pinmagon...

...onde se encontra uma imagem de Buda feita de bambu lacado a ouro, estima-se que do período Inn-wa, com mais de 500 anos.

E mais adiante o Shwe U Min Pagoda, uma bela 'floresta' de stupas onde se escondem reliquias...






...e grutas onde se guardam numerosas imagens de Buda feitas de vários materiais como a madeira, mármore e alabastro, tijolo, cimento e laca, em todos os cantos e recantos das cavernas.




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