Este blog surgiu em 2009 com o intuito de relatar uma "Viagem Incógnita" que teve início com um bilhete só de ida para a Tailândia. Uma viagem independente, sem planos, a solo, que duraria quatro anos. Pelo meio surgiu um projeto com crianças carenciadas do Nepal que viria a resultar na criação da Associação Humanity Himalayan Mountains. Assim, este blog é dedicado às minhas viagens pelo Oriente, bem como a esta "viagem humanitária", de horizontes longínquos, no Nepal.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CAMBODJA, Phnom Penh

Phnom Penh é a capital e a maior cidade do Camboja. Localiza-se nas margens do rio Mekong. Tem cerca de 1452 mil habitantes. Foi fundada no século XIV, sendo a capital do país desde 1434.
Rio Mekong, Phnom Pehn
Comecei pelas visitas macabras, literalmente. Penso até que foi por isso que a minha máquina fotográfica se recusou a trabalhar...
Tuol Sleng era uma escola secundária que foi transformada na “Unidade de Aprisionamento e Interrogatório S-21” durante a ditadura do grupo maoista Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, tornando-se no maior centro de detenção e tortura do país. Cerca de dois milhões de cambojanos morreram no período de 1975 a 1978. Apenas doze prisioneiros sobreviveram.
Transformado em museu, Tuol Sleng ainda mantém os arames farpados e as celas minúsculas. Instrumentos de tortura, telas e fotos denunciam as atrocidades aqui cometidas.
Os internos foram repetidamente torturados e coagidos a confessarem-se como “espiões” ou “conspiradores” ou mesmo a nomear parentes e amigos como tal. A maioria das vítimas eram trabalhadores do regime de Lon Nol e pessoas com algum nível de educação formal, o que incluía soldados, professores, médicos, oficiais do governo, burocratas, engenheiros, comerciantes, funcionários públicos e até mesmo monges budistas.
Quase todos os prisioneiros de Tuol Sleng, quando sobreviviam às torturas, eram exterminados em Choeung Ek e enterrados em valas colectivas. Durante o ano de 1977, 100 prisioneiros morriam, a cada dia, em Tuol Sleng.
Fui visitar o campo de genocídio de Choeung Ek, os 'Killing Fields', a cerca de 20 quilómetros de Phnom Penh, onde 17 mil pessoas foram exterminadas em massa, atendendo à política de eliminação de prisioneiros com economia de balas.
O monumento em forma de torre oriental (pagode ou stupa), um memorial às vítimas, contém 8.000 cranios depositados no seu interior.
Depois passei às visitas mais agradáveis e reveladoras do passado grandioso deste país.


Museu Nacional
Mas aqui a minha heroína foi mesmo a Bonasy, a 'taxista motard' que se converteu na minha motorista particular durante os dias em que estive em Phnom Penh.
Foi ela que me levou também a um 'curandeiro electrónico' que ressuscitou a minha máquina...
Finalmente já podia ter fotos bonitas de sítios bonitos!
Palácio Real




Turistas...
No Cambodja já vejo novamente os monges a passear por todo o lado. No Vietnam mal os vi e os que vi vestiam castanho escuro, nada de laranja ou açafrão.
Silver Pagoda, Templo de Prata
Wat Phnom
Situado numa pequena colina, este templo foi construído em 1373 para abrigar quatro estátuas de Buda trazidas pelas águas do Mekong e descobertas por uma mulher chamada Phnom Penh, de onde deriva o nome da cidade.
Na última noite despedi-me da Mariam, um contacto CS que já trazia. Ela é da California mas vive em Phnom Penh há três anos trabalhando na indústria do cinema.

4 comentários:

  1. You have a good updated blog. So sad I cant read it :)

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  2. I'm sorry I don't have the time to translate it into english as you do with yours... Just 'come with me' through the pictures! ;)

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  3. Vale a pena conhecer a realidade... Bem hajas! Bjs Carmo

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  4. Excelente report, estou a contar ir em breve a Phnom Penh.

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