Este blog surgiu em 2009 com o intuito de relatar uma "Viagem Incógnita" que teve início com um bilhete só de ida para a Tailândia. Uma viagem independente, sem planos, a solo, que duraria quatro anos. Pelo meio surgiu um projeto com crianças carenciadas do Nepal que viria a resultar na criação da Associação Humanity Himalayan Mountains. Assim, este blog é dedicado às minhas viagens pelo Oriente, bem como a esta "viagem humanitária", de horizontes longínquos, no Nepal.

sábado, 26 de dezembro de 2009

LAOS, Mekong

Levantei-me cedo e dirigi-me para o Posto de Imigração de Chiang Khong, dia 24, o meu último dia de visto na Tailândia. Da casa de hóspedes onde estava era só descer as escadas. Depois atravessei o Mekong para o outro lado com duas moças.


E eis-nos no Laos! Subimos as escadas para o Posto da Imigração e em 3 guichets trata-se do visto. Logo ao lado troca-se dinheiro. Tudo ali à mão, sem burocracias.
Apanhei um tuk-tuk para o porto de partida dos 'slow boats' com um casal chileno muito simpático. Assustei-me quando, pela curta viagem, o condutor pediu 5000 kip. Tanto!! Afinal nem chega a 50 cêntimos... Tenho que me habituar à nova moeda.


Muitas pessoas trazem já o bilhete do barco que, pelo caminho, já desde a Tailândia, tentam vender em 'pacotes'. Eu, a Daniela e o Jaime apenas os comprámos no porto de partida e fica mais barato (cerca de 17 euros). E há que comprar provisões para a viagem que vai demorar dois dias até Luang Prabang.
Havia muita gente, encheram dois barcos. E pensava eu que ia passar a Noite de Natal sozinha!

E lá partimos ao meio-dia, rio abaixo. Depois do Amazonas e do Nilo chegou agora a vez de descer o grandioso Mekong.
O Mekong é um dos maiores rios do mundo. Com um comprimento de aproximadamente 1535 km, é o 13.° mais longo e 10.° mais volumoso (descarrega 475 km³ de água anualmente) rio do mundo, drenando uma área de 795 000 km². Nasce no Planalto do Tibete e depois percorre a província chinesa de Yunnan, Mianmar, a Tailândia, o Laos, o Cambodja e o Vietname.
O nome Mekong vem dos idiomas tailandeses e significa Mae Nam Khong, onde Mae pode ser traduzido como Mãe, e Nam como água. A bacia do Mekong tem uma das biodiversidades mais ricas do mundo.
Uns de slow boat, outros de speed boat, lá vamos apreciando a paisagem e os hábitos das pessoas que vivem nas margens deste rio.
A primeira noite é passada em Pak Beng onde chegámos ao entardecer.
Há que escolher um bom restaurante para a consoada...


Jantei com um casal australiano na guest house onde fiquei.


No dia seguinte, partimos às 9h00. O barco era outro. A Daniela e o Jaime já estavam no barco e guardaram-me um dos melhores assentos, em vez dos bancos de madeira.



Dava para notar que era Dia de Natal...
A manhã estava fresca e, finalmente, vesti alguma roupa mais quente que tinha trazido.

O rio umas vezes mais calmo, outras mais agitado. O pessoal vai conversando, lendo, dormindo...
Chegámos a Luang Prabang ontem, ao fim da tarde. À saída do barco conheci a Pia, uma sueca que vive há 15 anos em Paris. Ficámos na mesma casa de hospedes e saímos para jantar.
Escolhemos o restaurante mais luminoso da rua. Era Dia de Natal!

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